sexta-feira, 15 de abril de 2011

KAMIKAZE - 神風

KAMIKAZE - aviões e pilotos japoneses num mergulha pra morte
kami significando "deus" e kaze, "vento"
Os pilotos japoneses arremessavam seus aviões com um mergulho mortal contra os navios inimigos. Os soldados que saiam com essa missão e por algum motivo, não dava certo, era vergonhoso para ele por não ter cumprido a missão completamente.
Os ataques não raros, ainda não eram considerados verdadeiramente um ataque-suicida e sim uma maneira de atingir o objetivo uma vez que havia mínimas chances de sobrevivência, pois não havia equipamentos de salvamento, tais como, pára-quedas.


O ataque Kamikaze foi um assunto totalmente diverso, pois nesta operação, o piloto ou a tripulação inteira de um avião atacante, eliminava até a mais remota probabilidade de salvamento, uma vez empenhado no mergulho mortal contra o inimigo.
(Depoimento - Piloto da marinha japonesa na Segunda Guerra Mundial – Tókio Mao)
Aos 84 anos, ele relembra cada detalhe daquele 25 de novembro de 1944.
Na guerra, todo mundo aprende que deve estar pronto para matar e morre e um grupo de japoneses s um grupo de japoneses se preparou para se matar pela pátria. Esses homens foram batizados de kamikazes, palavra japonesa que significa “vento divino” e que tem origem em um tufão que, no século 13, teria salvo o Japão da invasão do conquistador mongol. Os americanos tinham descoberto o estrago que os kamikazes podiam fazer, quando atacavam em bando.
O confronto do golfo de Leyte entrou para a História como o primeiro que utilizou pilotos suicidas em larga escala: 55 aviões japoneses se espatifaram contra a esquadra americana. Em Luzon
- “Saímos da base aérea, subimos uns 7, 8 mil metros. Com a bomba no colo. Nós fomos bem alto, com roupa para o frio e balão de oxigênio. Os caças americanos não nos alcançaram, não se prepararam assim, como nós. Quando chegamos na direção dos alvos, mergulhamos nos navios, sob ataque dos americanos. Quando cheguei a 700 metros do porta-aviões Essex, a asa do meu avião foi atingida e caí no mar. Fui derrubado três, quatro segundos antes de bater no alvo. Caí e desmaiei.
Acordei e vi que outro do meu grupo pegou bem meu alvo. Os cinco morreram. Eu sobrevivi. Meus colegas kamikazes atingiram os porta-aviões Essex e Intrepid.
Fiquei quatro dias. Piloto leva chocolate, bolsa cheia de chocolate. Sobrevivi assim, comendo chocolate. E com água salgada! Vinha a onda, fechava a boca, mas a água entrava assim mesmo! Aí, depois de quatro dias, um submarino do Japão passou, viu meu avião e me viu. Fui resgatado. Estava com quatro costelas quebradas, fratura em dois lugares do braço direito, dedos quebrados, joelho fora do lugar... Como o corpo dói, né? No avião, ainda no mar, coloquei o osso do braço no lugar, os ossos dos dedos no lugar, o joelho no lugar! Tudo eu mesmo! Judoca das antigas aprende tudo isso. Também machuquei a [vértebra] lombar e a cervical. Mas não levei tiro. Caí de 30, 40 metros. Fui para o hospital da Marinha em Taiwan, fiquei quatro meses lá. Perto do hospital tinha uma base, passei a ser instrutor de aviação lá. Mas aí a guerra logo acabou.
Depois da guerra, fui estudar medicina oriental, como meu pai – acupuntura. Depois, um colega me chamou em Tóquio: “Tem que aprender química orgânica, fazer penicilina! Estudei química na faculdade em Tóquio. Comecei a analisar minerais e um dia, um japonês que morava nos Estados Unidos e trazia minerais para analisar no Japão, perguntou se eu queria ir para o Brasil. Eu tinha 30 anos e vim para o Brasil com as despesas todas pagas por essa empresa norte americana. Cheguei em novembro de 1955 com um contrato de cinco anos, terminei esse tempo, andei o Brasil todo e depois vim para Niterói e comecei dar aulas de defesa pessoal para exercito, marinha e aeronáutica, quebrava telha e tábua com a mão, Nos anos 80, eu ensinava 250 pessoas.
Kamikaze é todo mundo maluco? Não! Kamikaze queria acabar com a guerra! Faria tudo de novo! O que lembro? Hiroshima, Nagasaki. Morre gente até hoje por causa de bomba atômica, mais de 66 anos se passaram! Bomba atômica não pode, de jeito nenhum. Não pode matar povo. Guerra é entre militares. Kamikaze sabe disso”.

Conclusão:
Cerca de 2.525 pilotos morreram em ataques Kamikaze, causando a morte de 4.900 soldados aliados e deixando mais de quatro mil feridos. O número de navios afundados é controverso. A propaganda japonesa da época divulgava que os ataques conseguiram afundar 81 navios e danificar outros 195. A Força Aérea Americana alega que 34 barcos afundaram e 368 ficaram danificados
Ao término da guerra o Vice-Almirante Takijiro Onishi, vice-chefe do Estado Maior Geral da Marinha e criador das operações Kamikaze, preferiu a morte por hara-kiri, assim terminava a história dos Kamikazes, mas o legado havia ficado.
Fonte: ( Wikipédia ) E (www.historia.abril.com.br/guerra/kamikaze-sobrevivente)

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