sexta-feira, 28 de junho de 2013

ONDE A MULHER OBESA É SINAL DE SAÚDE, RIQUEZA E FERTILIDADE



Em alguns países a obesidade é sinônimo de beleza e riqueza, e a magreza é até mesmo associada à tristeza. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a obesidade virou uma epidemia mundial. Uma pessoa em cada grupo de nove indivíduos está acima do peso considerado ideal pelos padrões médicos. Governos de vários países fazem campanhas pesadas contra a obesidade. Mas existem nações na contramão da balança! Nelas, pessoas gordinhas - principalmente mulheres - são reverenciadas!

Na Mauritânia, empobrecido pais africano, fincado no meio do  deserto do SAARA, uma das regiões mais pobres do mundo, se esconde um segredo chocante: uma geração de mulheres incapacitadas por serem gordas demais devido a prática do leblouh  (alimentação forçada) possui contornos de filme de terror.
Na infância as mulheres são obrigadas  a comer muito além do que seus corpos poderiam suportar. Meninas com apenas cinco anos são “internadas” em fazendas de engorda para esposa  e, sob a supervisão de mulheres mais velhas da tribo, chamadas de “engordadoras”, são obrigadas a engolir leite de camelo incessantemente. E, se vomitarem, podem ser obrigadas a comer o próprio vômito na mesma hora.

A prática ocorre principalmente nas férias escolares ou na estação das chuvas. Além da alimentação bizarra, as “engordadoras” ainda ficam passando rolos de pau nas coxas, barriga e lombo das meninas para romper tecidos e agilizar a engorda. Até hormônios animais e medicamentos ilegais são utilizados. A prática alcança cerca de 11% das meninas mauritanas e o governo conservador local, fruto de um golpe militar realizado em agosto de 2008, não faz nada para resolver o problema.Tudo isso pra conseguir um casamento. 
Tradicionalmente no país, a obesidade é tida como sinônimo de beleza e riqueza, uma vez que a fome e subnutrição são os principais problemas nacionais.. Um costume entre os homens é se divorciarem de mulheres que não conseguem manter a cintura volumosa após a gravidez. A prática do "gavage" (pela qual o ganso é submetido a uma dieta com alto teor de amido para que o fígado dilate e, assim, seja retirado a fim de virar o famoso patê de foie gras) é usada com meninas. Só que elas são superalimentadas com leite de fêmeas de camelo.

Quanto mais pneuzinhos, estrias e celulite, mais desejada é a mulher. "É um sinal de que a família dela tem dinheiro", diz o rapaz. "As magras não são boas pra namorar", afirma o mais velho.
Longe da cidade, no deserto dominado pelas secas e pela fome, a tradição resiste com força. As famílias aguardam ansiosas pela chuva. Com a chuva, as vacas vão ter o leite necessário para engordar as meninas. Quanto mais leite elas tomam, mais cedo entram na puberdade e então ficam prontas para casar.


A tradição permanece ao longo dos anos, as mulheres confessam que mesmo com dificuldades para andar e dores nas articulações, fazem de tudo para ganhar peso. Quando falta comida, todas vão atrás de remédios, pílulas que fazem engordar.
Com a chegada da chuva, só os meninos são vistos brincando. As meninas ficam em casa. É hora de engordar. A família desta menina sorridente mostra com orgulho o ritual para a televisão. Souadu tem 10 anos, e há pelo menos dois vem sendo engordada à força pela avó.
Entre as mulheres da Mauritânia, o ritual é visto como uma prova de amor. A garantia de um futuro melhor. “A mulher gorda é linda”, diz a avó. Longe da família, Soadu confessa: ela não quer ser gorda. Tem medo de ficar incapaz. Por isso, várias vezes ao dia, a menina coloca o dedo na garganta e bota tudo para fora.

Nos últimos anos, entidades de direitos humanos vêm brigando para acabar a tradição que tortura meninas em pleno século 21. Campanhas alertam para os perigos da obesidade. E a pratica de exercícios é incentivada. Mas acabar com a ditadura da beleza na Mauritânia - assim como em qualquer parte do mundo - depende mesmo é das mulheres.
Essa prática absurda também traz à tona uma ampla discussão cultural. Enquanto nas tribos mauritanas a gordura é valorizada e, por conta disso, são cometidas barbáries contra crianças, será que nossa cultura ocidental de valorização da magreza também não é tão absurda quanto, já que gera problemas como bulimia e anorexia?

Em alguns outros países da África e Ásia existem os mesmos costumes da Mauritânia.: A Importância da obesidade feminina.
Em algumas regiões do Afeganistão, Na terra dos talibãs, fertilidade é costumeiramente associada a quilinhos a mais em algumas regiões. A burca costuma esconder o formato do corpo, mas silhuetas faciais mais arredondadas são apreciadas.



No Taiti, ilha na Polinésia Francesa, as mulheres são reverenciadas por suas formas “arredondadas”. Lá é o berço da prática conhecida como “ha’apori”, ou “engordação”. A bela ilha na Polinésia Francesa é berço da prática do ha'apori. Traduzindo: "engordação". Jovens mulheres são estimuladas a comer muito, com muito carboidrato e água de coco a fim de se apresentarem a chefes de tribos, que analisam beleza e fertilidade. Mulheres taitianas são reverenciadas por suas formas arredondadas.

Nauru, país do Pacífico Sul, tem o maior índice de diabetes do mundo: 31% da população. Por lá, mulheres gordas também são vistas como mais férteis. É conhecido pelo apreço que demonstra pela obesidade. O país do Pacífico Sul quase não tem áreas agrícolas e importa toneladas e toneladas de comidas processadas de Austrália e Nova Zelândia. Nele, mulher gorda também é vista como mais fértil.
 
Em  Tonga, um arquipélago do Pacífico, a mulher é considerada mais bonita quanto mais gordinha for. Do total de 114 mil habitantes de Tonga, 100 mil estão acima do peso.

No Kuwait, país do Golfo Pérsico, a tradição diz que gordura é sinal de riqueza. Dados oficiais revelam que 52% das mulheres com mais de 15 anos são obesas.
Problemas cardiovasculares lideram o ranking de causas de mortes no país do Golfo Pérsico. Segundo os números oficiais, 52% das mulheres acima de 15 anos estão obesas! De acordo com a tradição local, gordura é sinal de riqueza.

Já no arquipélago de Fiji, no Pacífico, comer é visto como um sinal de prosperidade e a mulher gorda é um sinal de saúde, riqueza e fertilidade. A obesidade é ainda catapultada por um sistema de educação que minimiza os riscos da má alimentação. Mulher gorda é sinal de saúde, riqueza e fertilidade.


Na Jamaica, cerca de 65% das mulheres estão obesas. O jamaicanos tendem a associar magreza com tristeza e gordura com alegria. Na ex-colônica britânica do Caribe, cerca de 65% das mulheres são classificadas como obesas. Pesquisas mostram que o jamaicanos tendem a associar magreza com tristeza e gordura com alegria

Outro país onde a obesidade é “normal” é Samoa, no Pacífico. De acordo com estudos genéticos, a população local está preparada para estocar calorias extras no tecido adiposo. A partir da Segunda Guerra Mundial, o país trocou a dieta baseada em frutos do mar e ado por outra, com muitos alimentos processados. Estudos genéticos mostram que os samoanos são preparados para estocar calorias extras no tecido adiposo. Assim, a população tende a ser GG. Obviamente, ser gordo por lá é ser "normal".

Na África do Sul, a associação entre magreza e Aids levou a população a ter uma visão ruim dos mais magros.  Por causa da associação entre magreza e Aids, a população passou a ter uma visão negativa dos mais magros. Além disso, em uma sociedade com um abismo entre pobres e ricos, é normal imaginar que uma pessoa mais gorda possui status financeiro mais elevado.

Fontes pesquisadas:
Marie Claire americana (edição de outubro).








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